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  • Foto do escritor@geografia_da_paraiba

Chuvas na Paraíba: junho chega ao fim como um dos meses mais secos. Confira no mapa.


Junho marca o ápice do período chuvoso na faixa leste da Paraíba, área que compreende o agreste, brejo e o litoral. É nesse período que ocorrem os maiores aportes hídricos nos reservatórios da região. A influência das Ondas de Leste, da brisa, de cavados e sistemas frontais afastados no mar, ajudam na formação de chuva que, por vezes, podem gerar volumes expressivos, especialmente quando há a atuação de instabilidades oriundas do Oceano Atlântico, as chamadas Ondas de Leste.


Entretanto, a circulação dos ventos na atmosfera e a temperatura do mar não favoreceram a precipitação nesses locais. Para se ter uma ideia, a média da capital João Pessoa é de 301 mm e choveu apenas 77,4 mm. Na cidade de Areia, no brejo paraibano, o acumulado foi de apenas 49 mm, quando o normal para o mês é de 205,9 mm.


No agreste, algumas cidades tiveram o mês de junho mais seco desde o início do monitoramento realizado pela AESA, em 1994. Em Solânea, por exemplo, que enfrenta uma grave crise hídrica, choveu apenas 33,5 mm, superando as marcas de junho de 2016 e 2018, quando choveu 56,2 mm e 83,3 mm, respectivamente. Em Campina Grande, a rainha da Borborema, o acumulado do mês foi de 33,2 mm, bem abaixo dos 110,2 mm que eram esperados.


É importante ressaltar que esse padrão deficitário de chuvas têm se tornado comum de 2012 para cá, principalmente no agreste e brejo, fazendo com que essas localidades, que nunca tiveram investimento em segurança hídrica, sofram com o desabastecimento. Cabe ao poder público, mesmo que tardiamente, buscar meios para solucionar o problema, pois é inadmissível que a população sofra com algo que poderia ser evitado.


Junho de 2021 ficou, portanto, marcado negativamente como sendo o pior mês junino em relação às chuvas na história recente de nosso estado. Confira a espacialização da distribuição das chuvas na Paraíba no mapa desta postagem e acompanhe os dez maiores registros ao lado.


Por: João Marcos Silveira e Geografia da Paraíba


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